segunda-feira, dezembro 24, 2007

Bom Natal para todos vós


Este Natal vou trancrever um poema de Jorge de Sena, para a queles que já não acreditam no Natal. Por exemplo os trabalhadores despedidos da Opel da Azambuja. Será que o Pai Natal está zangado com eles?


Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas
as cinzas de milhões?
Natal de paz agora
nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
em ser-se concebido
em de um ventre nascer-se,
em por de amor sofrer-se,
em de morte morrer-se,
e de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
com gente que é traição,
vil ódio, mesquinhês,
e até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
ou dos que olhando ao longe
sonham de humana vida
um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
e torturados são
na crença de que os homens
devem estender-se a mão?

terça-feira, novembro 20, 2007

CONTESTAÇÃO SOCIAL GALOPANTE...


Centenas de milhares de funcionários públicos paralisaram esta terça-feira em França e juntaram-se aos ferroviários em greve há uma semana, marcando um pico na contestação das medidas sociais consideradas indispensáveis pelo presidente Nicolas Sarkozy para reformar o país, escreve a Lusa.

Manifestações reuniram dezenas de milhares de pessoas em várias cidades de França, nomeadamente em Paris onde o cortejo desfilou encimado por uma faixa proclamando: «Juntos pelos salários, o emprego e os serviços públicos».

Em resposta, o presidente francês insistiu hoje na «necessidade de reformas» em França e prometeu «não ceder» aos contestatários.

«Não cederemos e não recuaremos», disse Nicolas Sarkozy no congresso dos presidentes de câmara franceses.

«A França precisa de reformas para ultrapassar os desafios que o mundo lhe coloca. Estas reformas demoraram demasiado tempo», afirmou na sua primeira intervenção pública desde o início do movimento social.

Segundo Sarkozy, «após tanta hesitação, tanto adiamento, tanto recuo, é uma verdadeira ruptura que se tornou necessária para impedir o declínio».

O presidente lembrou, a propósito, que foi eleito em Maio com um programa de «ruptura».

Retirado de Portugal Diário

Estamos perante as contestações sociais, os mais elementares direito dos cidadãos estão postos em causa, redução de salários, redução de regalias sociais, pior justiça, pior educação, tudo em prol do capitalismo e dos grandes grupo económicos.

Também hoje na "VALORSUL" em plenário os trabalhadores estarão empenhados em não ceder a uma administração MENTIROSA, e com falta às promessas anteriores, mas se na França de Sarkosy, a Função pública se juntou aos protesto dos transportes públicos, pondo a mesma a perder entre 300 a 350 milhões de Euros/dia desde o inicio da greve, aqui, nesta Republica de Bananeiros, quando havia um mote para se encalacrar o Governo, toda a gente critica os Grevistas...

Como somos pequeninos!!!

Ó ROSA, TU NÃO CUMPRENDES...

domingo, outubro 28, 2007

SIS, E AS ESCUTAS...

O ministro da Justiça, Alberto Costa, defendeu hoje a possibilidade de os Serviços de Informações fazerem escutas telefónicas para «garantir a segurança nacional», em casos como para prevenir atentados terroristas.

«Se é possível interceptar comunicações para investigar crimes já ocorridos, será também de contemplar a mesma possibilidade para garantir a segurança nacional, por exemplo, para prevenir um atentado terrorista», afirmou Alberto Costa, em entrevista ao semanário Sol.

In: Portugal Diário

Resta-nos saber, a nós, cidadãos comuns, quem controlará essas escutas, quem controlará o SIS, quem controlará os abusos, que de uma forma ou outra, acabarão por surgir? Mas o pior ainda está para vir, pois sobre o mesmo ideal, que era em defesa do estado a PIDE/DGS, tinha livre arbítrio para decidir quem prender, quem torturar, quem manchar o nome, enfim, tinha a faca e o queijo, com a conivência claro está do estadista, esse iluminado que deixou Portugal atrasado em mais de quarenta e tal anos. Não posso, deixar de me manifestar contra aquilo a que sob o pretexto de que Portugal estará sob ameaça Terrorista, o SIS, ou outro organismo qualquer, a vigiar o que dizemos ou sequer pensámos.

Ou será, que também houve um combinado atentado ao solo Português aquando da visita de Sócrates aos EUA?

São questões pertinentes a que eu estou atento, mas quero também dizer que não embarco em euforias histéricas de que agora somos todos vigiados, apenas sigo os factos, como o caso do blogue "Do Portugal Profundo", o caso "Charrua", etc. Acho que é estranho, e são estranhas as declarações do Ministro da Justiça, apenas e só.

segunda-feira, outubro 22, 2007

PJ PERDE 84 INSPECTORES NUM ANO...


Falta de elementos levou a quebras significativas de operacionalidade em vários departamentos. Criminalidade não diminuiu, mas há menos detenções, buscas e prisões preventivas. Directoria de Lisboa é a mais afectada. Ministro anunciou contratação de operacionais em 2009, mas ainda não serão suficientes

A Polícia Judiciária perdeu 84 inspectores no espaço de um ano, revela a edição desta segunda-feira do DN. Segundo o jornal, estes números revelam uma quebra de 7,6 por cento, comparando com igual período de 2006 e revelou quebras significativas de operacionalidade em vários departamentos.

O DN avança que a perda de eficiência se destaca sobretudo, na Directoria de Lisboa, onde diminuíram as detenções (32 por cento), as buscas (13 por cento) e as prisões preventivas, mas não diminui a criminalidade.

Os sectores em que se regista uma maior perda de inspectores (10 por cento) são a Direcção Central Investigação e Combate ao Crime Económico e Financeiro (DCICCEF) e a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), o mesmo acontecendo em Aveiro e Braga (14 por cento), Porto (8 por cento) Faro (7 por cento) e Lisboa (7 por cento). Desde fins dos anos 90, a PJ perdeu 240 elementos de investigação criminal e recentemente o Ministro da Justiça anunciou a contratação de 150 operacionais em 2009. O que significa que, ainda assim, o défice vai manter-se.

No combate ao crime económico-financeiro, embora o departamento tenha perdido 10 por cento dos investigadores, as buscas aumentaram quase 80 por cento, comparando-se ambos os semestres, verificando-se um crescimento ainda maior no número de intercepções telefónicas (52-130). O número de arguidos também cresceu significativamente, tal como as vigilâncias. Em contrapartida, baixaram as detenções (13 por cento) e as prisões preventivas.

A minha análise:

Porque será, que isto acontece numa polícia deste calibre, que deveria ser o garante da democracia, e trabalhar em prol desta? Está-se mesmo a ver a quem interessa este deficit de elementos, os números acima não enganam, o sector de criminalidade mais beneficiado com a falta de uma PJ apetrechada, são o “CRIME ORGANIZADO” ou o de “COLARINHO BRANCO”. Pois, é a par de outras medidas, ainda que algumas encapotadas, é que se nota a vontade política destes canalhas que nos têm governado, como por exemplo:

- A falta de combustível, ou a forma de o obter, reinam na PJ.

- A falta de um parque automóvel capaz, de armamento eficaz, e meios técnico-científicos de vanguarda, face ao grau de criminalidade complexo cada vez mais crescente.

- E para mim, o mais importante de todos, o DESCRÉDITO, em que a instituição tem caído, aos olhos da Comunicação Social, por culpa deste nosso PR, e PM, incapazes de bater o pé, a meia dúzia de “HOOLIGANS”, que apareceram em Portugal, armados em “DAMAS DE FERRO”, e em bons “PURITANOS”, arrastando na lama o bom nome da PJ, e de PORTUGAL. Aos Ingleses, esses arrogantes prepotentes, lhes digo uma só coisa, BAIXEM A BOLINHA, POIS O GUARDA-REDES É ANÃO, E SE, SE SENTIREM INCOMODADOS, RUA!!!!

VIVA A PJ, VIVA PORTUGAL!!! CÁ MANDÁ-MOS NÓS…(Se o Sócrates, e o Aníbal não dizem nada… digo eu!)

A MIM NINGUÉM ME CALA!!!

OBS: Eu retirei esta notícia do Portugal Diário, mas o incómodo é tanto, que algumas horas depois já não consta nada nesse site. Mas podem vê-la aqui no Diário Digital

quarta-feira, outubro 17, 2007

A VERGONHA DO PR...

Hoje, aquando duma visita a um bairro social, o Presidente da Republica, disse aos jornalistas sentir-se envergonhado com a pobreza em Portugal. (Ler aqui)

Mas o Sr. Presidente da Republica de Portugal, está assim tão perturbado com a pobreza, e diz a certa altura aos jornalistas, e passo a citar:

«Envergonho-me um pouco desta posição» falando acerca de Portugal estar na cauda da EUROPA, quanto aos países mais pobres da UNIÃO.

«Estou convencido que o Estado só por si não consegue resolver estes problemas»

E diz ainda:

«...que os cidadãos se organizem, trazendo ao de cima a sua consciência social...»

E então pergunto eu:

- Oh, Sr. Presidente da Republica Portuguesa, então o Sr., assim tão incomodado com os números da pobreza no nosso país, não poderia abdicar de uma das quatro pensões que recebe, em benefício do combate à pobreza, e assim dar o exemplo a outros milhares de políticos em Portugal, na mesma situação, exigindo destes a tal consciência social, ou é só para o trabalhador por conta de outrem, e para meia dúzia de empresários (pequenos e médios, que os grandes , tá quieto), será só para esses a consciência Social?

- E onde é que o Sr. estava, quando era primeiro ministro, estas situações já existiam, e o que é que o seu governo de então fez? Agora, que não tem poderes governativos é que o choca?

HAJA DECÊNCIA, HAJA HONESTIDADE E ACIMA DE TUDO, DEIXEM DE SER HIPÓCRITAS!!!

sábado, setembro 08, 2007

ATÉ ONDE VAI A ARROGÂNCIA DOS NOSSOS GOVERNANTES?

NÃO PUDE PASSAR INDIFERENTE A ESTE POST, COLOCADO PELO MEU AMIGO "TIAGO CARNEIRO", AUTOR DO "DEMOCRACIA EM PORTUGAL", INFELIZMENTE, A LEI PARA ALGUNS, COM A CONIVÊNCIA DE OUTROS, ESTÁ MUITO LONGE DE SER CUMPRIDA... VAMOS AJUDAR O SR. ZULMIRO, DENUNCIANDO ESTES CRÁPULAS SEM ESCRÚPULOS, POIS A MIM NINGUÉM ME CALA!!! NÃO SE CALE TAMBÉM SR. ZULMIRO!!!

"Olá Tiago Sabes é de uma vergonha, sim! mas para quem tem vergonha. Eu Tenho agora 61 e se lá chegar farei 62 a 1 de Novembro, tenho uma reforma de miséria. Fui agredido pelo senhor José Maria Ministro dos Santos em plena sessão publica a 28/12/2004. Entrei na sala em paz sai de maca para o hospital fui arrastado como se de uma saca de batatas se tratasse. Sabes o ridículo aconteceu. Apresentei queixa no mesmo dia. A 05/12/2006 condenaram-me a pagar 400€ no tribunal de Mafra, porque segundo o que o Exmo. senhor Meritíssimo Juiz Luciano de Carvalho do tribunal de Torres Vedras disse que uma das queixas prescreveu outra eu não provei que o Presidente da câmara me chamou de bêbado. Aquela era a decisão dele e se quisesse tinha o direito de recorrer . Mais uma vez o ridículo aconteceu. Eu senti-me tão injustiçado que pedi para falar, e fui impedido, mas a força da razão fez com que eu dissesse para o senhor Juiz (saiba vossa Exa.Meritíssimo Juiz que acabei de constatar que foi feito nesta sala um atentado à minha honra e dignidade, e eu defende-la-ei até à morte). Se não podia falar porque não recebi deste uma ordem de prisão por desobediência? Revoltado com o que se passou pedi ao meu advogado que recorresse, este apenas disse, não valia apensa porque ia perder, e como tinha apoio judiciário, não pagava nada. Ridículo não é? Mas aconteceu. O advogado que já era o terceiro, pediu escusa, veio o quarto e pediu escusa, veio o quinto pediu escusa, veio o sexto pediu escusa, veio o sétimo pediu escusa, e neste momento estou esperando que me nomeiem o oitavo. Ridículo não é. Desde cartas à ordem dos advogados. Pedidos de ajuda ao Conselho Superior do Ministério Publico. Ministro da Justiça, que por sua vez manda para a procuradoria de Torres Vedras que na Pessoa de sua Exa. a senhora Exma. procuradora Ana Paula Silva arquivou o primeiro pedido de queixa dizendo que o senhor José Maria M. dos Santos pode fazer o que quer dentro do espaço que lhe pertence. Ridículo Não É? Mas como quem não deve não teme ainda hoje estive na Câmara Municipal afim de saber porque razão não me tinha sido dada resposta à reclamação que fiz no livro Amarelo, em 02/04/2007. Resposta da Senhora d. Florescia chefe de secção de atendimento: o senhor presidente só responde se quiser. Ridículo Não É? Sabes que o vigilante, senhor João Gonçalves (madeira como o conhecem), ele foi mentir ao tribunal, mandou-me beber água à casa de banho por duas vezes e andou a puxar-me de roxo pela sala, e hoje ameaçou-me se fosse na rua ele certamente matava-me, É ridículo não é? Não vou alongar mais, mas continuo sem saber quem manda no senhor Presidente ou quem o está a proteger. Tudo indica que ele está a cima de qualquer lei. Ridículo Não é? Se o Tiago me quiser escutar pessoalmente e me poder ajudar informando dos caminhos que devo tomar ficaria muito grato, e acredite não se trata de vingança, mas de defender a minha honra e dignidade como pessoa humana que sou.

Sem mais receba os meus sinceros cumprimentos.

Zulmiro lesto do Rego Bravo"

quarta-feira, agosto 01, 2007

"OPERAÇÃO BRISA MARÍTIMA..."

Era suposto eu estar a apanhar a brisa marítima mas eis que levo com isto e não me consegui conter com tanta "Filha da Putice" junta como diz um dos maiores corruptos deste país:

«A "Operação Furacão", que desde Outubro de 2005 investiga crimes de fraude fiscal, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, envolvendo quatro bancos, várias sociedades financeiras, escritórios de advogados e empresas de construção civil, com mais de 120 arguidos já constituído e cerca de 200 buscas, pode terminar em arquivamento, sem qualquer procedimento criminal contra os prevaricadores. É o próprio Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP),onde corre a operação que, em comunicado ontem emitido, admite a possibilidade de não levar a julgamento as mais de 120 pessoas indiciadas. Basta, para isso, que devolvam ao fisco o dinheiro envolvido nas fraudes tributárias.»

[Diário de Notícias]

São Todos pessoas de bem, só ficaram com os milhões que ficaram, porque pensaram que ninguém ia notar, ou então porque tinham a certeza que se descobrissem, os "Lobbies" e os "Chulos" que estão bem infiltrados no governo iam tratar do assunto como agora se está a verificar.

Quando se mexe com os GRANDES filhos da p....., o furação passa a brisa.....

Ó ROSA TU NÃO CUMPRENDES...

terça-feira, julho 31, 2007

DESCANSO DO GUERREIRO...


É tempo de recarregar baterias, é tempo de paz, calma, lazer. Em 20 de Agosto estarei de Volta com mais energia. A todos os colaboradores e leitores deste Blog, desejo umas boas férias. Mas estarei sempre atento, pois a MIM NIGUÉM ME CALA!!!

sábado, julho 21, 2007

«Reforma só se estiver a morrer !»

Um cancro roubou-lhe o intestino e obrigou-a a viver com um saco preso à barriga, por onde saem as fezes, sem que tenha controlo sobre elas. Pediu aposentação, mas junta médica diz que professora «não reúne as condições necessárias»

Maria da Conceição Ferrão tem 57 anos e passou mais de metade da vida a dar aulas. Há dez anos, um cancro no cólon obrigou-a a uma operação em que lhe retiraram parte do intestino e que lhe mudou a vida. Fez quimio e radioterapia e vive com um saco colector preso à barriga, por onde lhe saem as fezes, sem que tenha qualquer controlo sobre elas. Juntas médicas declararam-na incapaz para exercer funções docentes, mas quando pediu aposentação, responderam que «não reúne as condições necessárias».

Com a serenidade de quem já vive nesta situação há 10 anos, a docente contou ao PortugalDiário a sua história. Em 1997 foi-lhe diagnosticado um cancro no cólon e foi submetida a uma colostomia, uma cirurgia em que lhe retiram parte do intestino e lhe coseram o ânus. Desde então vive com um saco colector preso à barriga, do lado de fora, por onde saem as fezes.

«Por não haver músculo, não tenho controlo sobre a saída das fezes. É como se fosse incontinente», conta. O saco vai enchendo e tem de ser trocado várias vezes, situação que se agrava quando tem descargas intestinais, cerca de uma vez por semana, altura em que «o saco enche de imediato, chegando por vezes a rebentar», sem aviso prévio, nem forma de evitar.

«Esteja onde estiver, tenho de voltar para casa e tomar banho», explicou. Depois, sente uma «enorme exaustão» e precisa de se deitar para descansar. «É difícil por isso cumprir horários, porque os intestinos não os têm», lamentou.

In: Portugal Diário

Infelizmente, parece que, nada há a fazer perante estes casos, o Governo mostra-se "Chocado", pelas afirmações do Primeiro Ministro, mas na prática nada acontece. O Governo diz que vai alterar a lei, mas o que é certo é que continuam a acentuar-se estes casos. E eu pergunto:

- E os casos, anteriores, se a nova lei entrar em vigor, serão alvo de reavaliação?

- O estado estará a contemplar, todos os casos, ou só os que lhe interessam e são mais mediáticos?

- Que solução, tem as autoridades de saúde deste miserável País, perantes estas situações desumanas, e de Insensibilidade social, moral e até de arrogância atroz por parte destas juntas médicas de malfeitores?

Não basta, Sr. Primeiro ministro, mostrar-se "chocado", não basta falar como bom falante que o Sr. é, não o nego, para a plateia a anunciar medidas imediatas, e depois demorarem anos a serem postas em prática. O Sr. tem o dever, como pessoa de bem que quer parecer, deve empenhar-se na sua resolução prioritária, já que de vidas humanas se tratam, tratam-se de vidas com família, como o Sr. tem, de vidas com responsabilidades como a do Sr., aplicando-se a velha máxima que é:

"À mulher de César, nas basta parecer séria, tem de o ser!"

quinta-feira, julho 12, 2007

FUNÇÃO PÚBLICA - Direitos recuam a 1939!!!


A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública declarou, esta quinta-feira, que as alterações às leis laborais que o Governo já concretizou e as que quer impor fazem recuar os direitos dos trabalhadores da administração pública em mais de 70 anos.

No final de uma manifestação em Lisboa contra as mudanças nas políticas laborais levadas a cabo pelo Executivo, Ana Avoila alertou que, se toda a legislação for aprovada, perdem-se «30 anos de conquistas».

«É uma vergonha. O PS usa a maioria absoluta para tirar direitos aos trabalhadores para se pôr ao lado dos patrões e fazer a política da direita», sublinhou.

Os sindicatos contestam leis, como a da mobilidade especial, por considerem que é um primeiro passo para os despedimentos na função pública, bem como o estatuto de aposentação, que entendem ser inconstitucional.

A sindicalista adiantou que a concentração contou com a participação de «mais de dez mil trabalhadores» vindos de todo o país, enquanto um oficial da PSP que acompanhou a acção de protesto disse, por seu lado, que estiveram reunidas cerca de cinco mil pessoas.

In: Portugal Diário

De facto, estamos perante mais um grande atentado não só aos direitos dos trabalhadores da função pública, como também a todos os trabalhadores, pois é certo e sabido que os privados se regem pela cartilha do que de PIOR se faz na função pública. Também não deixa de ser verdade, que alguns privados, tem melhores condições do que a função pública, mas esses são uma gota no oceano, e quando os grandes empregadores deste país começarem a cortar, vai ser geral, ou seja, vai ser tudo pela mesma medida. Resta-me dizer, que não ficarei de braços cruzados, e que tudo farei,pelo menos no que estiver ao meu alcance para contrariar a situação. Se TODOS, fizer-mos algo, será pelo menos muito difícil ao patronato levar a sua avante. LUTEMOS, TODOS, ATÉ AO LIMITE DAS NOSSAS FORÇAS E DOS NOSSOS MEIOS PARA TRAVAR A POLÍTICA DE DIREITA, QUE VEM SENDO SEGUIDA POR ESTES ÚLTIMOS GOVERNOS DA TRETA!!!

A MIM NINGUÉM ME CALA!!!

terça-feira, julho 10, 2007

PROFESSORES DOENTES MAIS PERTO DE CASA

"Os docentes que ficarem doentes ou necessitarem de prestar assistência a familiares na mesma situação poderão ser destacados administrativamente para escolas próximas da residência ou do local de tratamento, nos anos em que não abram concursos de professores, anunciou o Governo, noticia a Lusa.

A partir de 2006, os concursos de colocação nas escolas passaram a realizar-se apenas de três em três anos, em vez de anualmente como sempre aconteceu, sendo que um professor que tenha concorrido e ficado colocado num estabelecimento de ensino estava, até agora, impedido de pedir destacamento durante esse período, mesmo que por razões de doença.

Ou seja, um professor que tenha concorrido e ficado colocado numa escola em 2006 e que tenha descoberto que está doente este ano teria de esperar até ao próximo concurso, em 2009, para pedir destacamento para um estabelecimento de ensino próximo da sua casa ou do local onde tem de realizar os tratamentos médicos.

Segundo um despacho do secretário de Estado da Educação assinado hoje, estes casos passam a estar previstos, estipulando-se que os docentes nesta situação poderão ser destacados por via administrativa, nos anos em que não abrir concurso.

De acordo com o documento, que aguarda publicação em Diário da República, os professores doentes ou que tenham de prestar assistência a familiares ou cônjuges nessa situação poderão pedir destacamento anualmente, apresentando o pedido à Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação, entre os meses de Junho e Agosto."

In: PORTUGAL DIÁRIO

Parece-me que o Governo está a fazer "mea culpa" depois de toda a agitação em torno da morte de mais um professor obrigado a trabalhar pela Junta Médica, e agora surgem estas notícias, que só pecam por tardias. O Governo, através do Primeiro Ministro, José Sócrates, afirmou hoje que as juntas médicas seriam daqui para a frente, única e exclusivamente formadas por Médicos. E foi mais longe, dizendo que sentia "chocado" com mais esta morte. Vamos ver, daqui para a frente o que é que o futuro nos dirá, pois estarei atento a estas situações.

domingo, junho 24, 2007

A "CHULICE" O GAMANSO, CONTINUA...


Vou iniciar aqui, uma saga, dos "Boys & Girls", que vão sendo nomeados, só porque possuem o tal cartãozinho de militante do PS, ou pura e simplesmente, porque são filhos e afilhados dos nossos corruptos políticos da treta. Deviam ser nomeados pelo mérito e pelo saber, é isso que se pede a um governo que queira levar o país para a frente, não para levar os filhos e afilhados, para a frente.

1. Sabem em que consiste a "manutenção" do site do ministério da justiça? Não? Ok! Eu esclareço: trata-se de actualizar conteúdos, um trabalho que provavelmente muitos dos v/filhos fazem lá na escola ou em casa "com uma perna às costas". Por falar em "costas" acham que o ministro Costa recorreu ao ATL e pediu um puto qualquer para tratar do assunto? Não! Trata-se de uma tarefa altamente técnica que justifica uma remuneração de 3.254,00 euros.....mais o subsídio de almoço, claro!!!

2. E sabem quem tem o perfil adequado a essa extremamente especializada função? Não? Ok! Eu esclareço. Trata-se de Susana Isabel Costa Dutra. Susana Isabel Costa Dutra, é (por um simples acaso!!) filha do ministro Alberto Costa.

Et OUI, VOILÁ! POUCA VERGONHA A QUANTO OBRIGAS, MAS A MIM NINGUÉM ME CALA!!!

sexta-feira, junho 08, 2007

Um simples não!


Houve um tempo em que era fácil criar e educar os filhos. Os pais não tinham medo da palavra "não" e usavam-na quando era preciso. Nesse tempo, os filhos não eram uma despesa; eram, ao invés, um investimento afectivo e económico. Não só não davam despesa como contribuíam para a criação de riqueza na família.
Nesse tempo, a família era uma unidade de afectos e uma unidade de produção. Hoje também é, mas perdeu a estabilidade de outros tempos e os filhos ficam fora do processo produtivo durante cada vez mais anos. Em muitos casos, ficam fora do processo produtivo até à idade adulta. Três ou quatro gerações atrás, todos participavam na economia familiar e as artes da sobrevivência eram um património cultural que passava de pais para filhos. Os pais tinham autoridade e exerciam-na. Esse tempo terminou e não regressa. Como sabemos, também tinha as suas zonas de sombra.

Hoje, criar e educar os filhos é uma despesa e constitui um fardo para muitas famílias que não dispõem de redes sociais de apoio à maternidade e à infância. As sociedades materialmente desenvolvidas são pouco amigas da maternidade, da família e da infância. Além de ser uma despesa, que se pode prolongar pela vida adulta, criar e educar os filhos é percepcionado por muitos casais como um perigo. É perigoso ter filhos, nos nossos dias. Não há segurança nas ruas. As escolas são cada vez mais edifícios fortificados. As crianças ficam confinadas a espaços fechados, cercados de muros, na companhia da televisão e dos jogos de vídeo. Os mass media transmitem, constantemente, notícias dramáticas sobre pedofilia, raptos, delinquência juvenil, abuso de drogas em adolescentes e gravidez precoce. À medida que a palavra "não" caiu em desuso, tornou-se cada vez mais difícil usá-la. Há quatro décadas que a palavra caiu em desuso. Os pais deixaram de a usar com medo de perderem o amor dos filhos.

Pouco habituados a serem confrontados com a palavra "não", os filhos passaram a considerar a rebeldia e a insolência como direitos naturais. Nas escolas, aconteceu o mesmo. Dizer "não" pode provocar enormes dissabores ao professor, o maior do qual não será, com certeza, o insulto. Por vezes, acarreta a agressão física, praticada por alunos e até por pais. Contudo, a palavra "não" é das mais necessárias para qualquer educador. Sem ela, os pais e os filhos ficam perdidos. Sem ela, os pais vão perdendo a autoridade. Sem autoridade, os filhos ficam submersos na confusão e manifestam, facilmente, atitudes insolentes e caprichosas. Os comportamentos de risco, na infância e na adolescência, surgem, mais facilmente, na ausência de autoridade. Urge reabilitar a palavra "não". Essa reabilitação passa por dar maior poder disciplinar aos professores. Passa por alterar radicalmente o estatuto do aluno, de forma a tornar mais simples e célere o exercício da autoridade disciplinar nas escolas. Passa, também, pela criação de redes de apoio social à maternidade e à infância de modo a que ter filhos volte a ser um investimento desejado. E passa, também, pela criação de bons programas de educação parental. Os pais precisam de saber como podem voltar a exercer a autoridade e a usar a palavra "não". E os professores também. É preciso que uns e outros deixem de ter receio da palavra "não".
"Ó Rosa tu não cumprendes!"

sexta-feira, maio 11, 2007

EM QUE É QUE FICÁMOS?

De acrodo com notícias divulgadas hoje, pelo DN, a sede de candidatura do Prof. Aníbal Cavaco Silva, em Oliveira de Azemeis, pretence a um Corrupto, que está preso no Brasil, no âmbito da "OPERAÇÃO FURACÃO". Mas, o que mais espanta, é o facto de um dos responsáveis desta candidatura, dizer que pensava que este espaço pertencia, a um dirigente do PS, daquela localidade. Bom, das duas uma, ou o PSD e o PS, são a mesma coisa, e por isso encetaram um complô contra aquele que deveria ser o candidato forte da esquerda liberal (Já não existe), ao não apoiarem a candidatura do Manuel Alegre, preterido em função de um (Mário Soares) que já se sabia que ia perder, para dar lugar ao Cavaco, ou, as panelinhas entre estes crápulas corruptos, ainda é maior do que eu pensava. Mas fica aqui o excerto da notícia divulgada hoje:


"Sede concelhia de Cavaco foi cedida por português preso no Brasil A candidatura de Cavaco Silva às presidenciais de 2005 utilizou, em Oliveira de Azeméis, instalações cedidas por Licínio Bastos, empresário detido no Brasil no âmbito da "Operação Furacão".Situado em pleno centro da cidade de Oliveira de Azeméis, o espaço que serviu de sede à candidatura de Cavaco Silva foi cedido "a título gratuito" por Aníbal Araújo, responsável pela gestão do imóvel, de acordo com uma declaração do próprio empresário, a que a Lusa teve acesso. António Nogueira Leite, o mandatário distrital da candidatura de Cavaco Silva, inaugurou a sede do Edifício Camões, numa cerimónia em que o próprio Aníbal Araújo marcou presença. Em Junho de 2006, Cavaco Silva condecorou-o com a Ordem do Infante D. Henrique. Licínio Bastos está envolvido no processo brasileiro designado por "Máfia das Sentenças", que levou à prisão vários juízes, advogados e empresários, entre os quais outro português, Laurentino dos Santos, por alegadamente negociarem sentenças em benefício do funcionamento de casas de jogo no Brasil. O empresário foi indigitado para cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio, mas a sua nomeação acabou por ser suspensa."

Bom, neste caso, costuma-se dizer, onde há fumo, há fogo... ou será que, só por ser o Aníbal, está acima de qualquer suspeita?


E em que é que ficámos? HEIN?

quinta-feira, março 08, 2007

Criancinhas


A criancinha quer Playstation. A gente dá.

A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.

A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.


A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.


A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.


A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.


A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.


Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.


Desperta.


É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.


A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.


A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.


A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».


Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».


A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».


Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.


Artigo na Visão online!

terça-feira, fevereiro 27, 2007

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Adeus á carne (carnevale)


O médico e cientista Sueco Jacobson afirma que não existe rotura alguma entre a vida e a morte, porque no momento da grande passagem, instaura-se imediatamente a continuidade da vida, ficando o defunto com a sensação de que se salvou do acidente, da doença ou daquilo que o fez falecer. Quantos de nós já não morreram e enquanto as nossas famílias nos choram, na outra dimensão, cá continuamos depois daquele susto, daquela ultrapassagem mal calculada. Nem depois de morrer nos safaremos das dívidas!...
A vida (ou a alma) pesa, segundo o cientista, 21 gramas é a diferença de peso entre um vivo e um morto. Tem sempre o mesmo peso quer se trate dum magricela ou dum anafado senhor, daqui resulta a igualdade perante a morte. Quanto ao corpo inanimado dum indivíduo que pese 70 kg tem: uma quantidade de água suficiente para lavar duas camisas, ferro suficiente para fazer um prego dos grandes, cal bastante para caiar a casota de um cão pequeno e uma quantidade de enxofre que daria para matar as pulgas desse cão. Tudo isto valeria pouco mais de 1 Euro.
Como ficou provado que ao morrer não te livras das dívidas e o teu corpo não vale mais de um Euro, o melhor é aproveitar ao máximo as 21 gramas que tens ainda e GOZA O CARNAVAL.

sábado, fevereiro 03, 2007

Portogaliza...


Temos de deixar de olhar para baixo, e reparar que a Galiza será a alternativa para a área metropolitana do Porto e Norte de Portugal. Abandonar o bairrismo exacerbado, ignorar o centralismo da capital e os seus governantes com discursos doutorados que nos olham com desdém e de sorriso sarcástico nos lábios, como quem olha para um parvo que disse algo acertivo.
O governo quer pôr mão na Metro do Porto congelou os fundos comunitários para o términos da linha de Gondomar e Boavista, mas deixa que o metropolitano da capital dê prejuízo de 440 mil euros por dia 160 milhões de euros por cada exercício de actividade com um passivo de 3.300 milhões de euros, 2.2% do PIB nacional o custo total da implementação do Metro do Porto. O aeroporto da OTA e o TGV Lisboa Madrid vêm apimentar mais os números.
Com o alto desemprego no vale do Ave, Guimarães e as zonas periféricas de Traz os Montes e Alto Douro, o Norte de Portugal só é lembrado nas campanhas eleitorais. Qualquer profissional desta zona de Portugal ganha menos 10% que um da grande Lisboa. A maioria das empresas com armazéns no norte, a sua frota é comprada aos concessionários da capital, o imposto municipal de circulação é lá pago e as sedes como também são localizadas em Lisboa, os nossos impostos e a nossa produtividade são lá contabilizados!
Devido a estas e outras circunstâncias as pessoas do Norte são tratadas como parvos e postas em causa devido ao seu discurso corrosivo, que toca nas feridas do país, dou o exemplo de alguns notáveis: Fernando Gomes, Narciso Miranda, Luís Filipe Menezes, Mário de Almeida, Major Valentim Loureiro, Pinto da Costa, etc.
Em suma como homem do Norte tenho também a minha opinião que causa desconforto, mas aqui vai. O Lisboeta é um presunçoso que se acha mais inteligente que os outros, trata o Algarvio como seu criado, o Alentejano como ignorante e o Nortenho como o burro que trabalha para o seu conforto. A preguiça e os copos na noite são o seu forte, é viciado em gastar dinheiro, pois não lhe custa a ganhar, a família é só para pedir dias quando o puto está doente. E não podia falar nesta dicotomia sem aflorar o futebol, aí é ainda mais gritante, e eu não posso ser suspeito devido á minha simpatia clubista, o jogador quando chega ao Benfica pensa: “ora aqui é que se está bem já não é preciso provar nada”. Os clubes do Sul são o espelho das suas gentes calaceiros, vedetas, intocáveis qualquer treinador não tem futuro e não dura muito nestes clubes.

A Galiza sempre nos tratou de igual para igual, somos terra a terra temos as mesmas preocupações ambos trocamos os Vês pelos Bês, e acima de tudo mantemos o núcleo familiar unido, ainda vivemos para o nosso trabalho e para a família. Portugal está a deixar fugir entre os dedos os grãos de ouro e no fim ficará com as pedras bem falantes e idiotas.
"Ó Rosa tu não cumprendes!"

domingo, janeiro 07, 2007

CARTA ABERTA AO BANCO


Esta carta foi direccionada ao Banco BES, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser enviada a todas as instituições financeiras o que acham?

Exmos Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.
Que tal?
Pois, ontem saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade.
A minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria".
Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.
Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.
Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.
Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".
Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1 EUR.
Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua".
A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".
Mas, os senhores são insaciáveis.
A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.
Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc, etc, etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.
Sei disso.
Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais.
Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.
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Vítor Pinheiro
"Ó Rosa tu não cumprendes!"